quinta-feira, 13 de agosto de 2009

N.º 1

O primeiro, foi aquele que não foi nunca… nunca chegamos a namorar.
Lembro-me perfeitamente. Foi no 10º ou 11º ano. Vi-o no primeiro dia de aulas, à tarde. Tinha aulas no horário da manhã, e de tarde só em dois dias.
Foi, portanto, nos últimos dias de Setembro, dantes as escolas nunca começavam a 15 de Setembro, ou até inicio de Outubro.
Depois do ultimo tempo, à saída, eu vinha na galhofa com as minhas amigas, uns cinco metros à nossa frente, iam 3 rapazitos, e eis quando um deles se vira e olha para trás… fui fulminada… apaixonei-me naquele segundo, uma daquelas paixões avassaladores de adolescentes.
Também não lhe fui indiferente, iam deitando olhares como não quer a coisa, e quando os nossos caminhos divergiram, tornou a olhar e sorriu-me.
Conhecemo-nos, tornamo-nos muito amigos, onde ia um, ia o outro, passávamos dias a dar as mãos, a fazermos festinhas nas mãos um do outro, enquanto tínhamos conversas intermináveis sobre tudo, menos daquilo que interessava.
Andamos nisto um ano, depois ele começou a ter outros interesses, inclusive por uma das minhas melhores amigas. Apesar de eu achar que ela tinha um fraquinho por ele e lhe ter dado carta branca, também não se passou nada.
Nunca passou disto, até que passados cerca de sete anos, numa discoteca, a altas horas da noite, cruzámo-nos, ele com um grupo de amigos, e eu com os meus.
Nem dissemos nada, olhamos um para o outro, caímos nos braços um do outro aos beijos, e assim ficamos toda a noite.
Acordei no dia seguinte na cama dele, e ele já tinha saído para trabalhar…
Já nos vimos noutras ocasiões e ele diz que eu apareço sempre em momentos chave da vida dele: mudança profissional, casamento e divórcio… Não sei qual foi o daquela vez, mas sei que não foi o divórcio!

Sem comentários: